Entra ano e passa ano, e chega o
Natal? Mais um? Para muitos sim, uma resposta realista. Passa batido o fato da
solenidade da vinda do Messias ao mundo. É verdade que a instituição cristã se
apossou de uma data secular para tanto. E faz isso de modo didático, pedagógico
em sua liturgia. Que há muito tempo esse momento se transformou em um lazer consumista, estamos cansados de saber. Mas não vou me deter no aspecto teológico, mas sim em um
aspecto humano que percebo nessa época. Muitos não se falam o ano inteiro, mas
quando chega a época dessa solenidade, voltam a se falar, mas depois as
vaidades e o egocentrismo voltam a ressoar mais alto. Fazem desse momento
sublime um grande ato de hipocrisia, um desserviço à humanidade. Muitos não se
falam o ano inteiro, mas encontram um motivo mais profundo e voltam a se falar
a partir dessa solenidade. Festa da verdade, do desvelamento interior, manifestação
do melhor que o ser humano pode ser para ele mesmo e para os outros. Ainda que
o indivíduo tenha revelado o que há de pior durante o ano, sempre é tempo de
rever seu procedimento, sua conduta, se há verdade, sinceridade em seu exame de
consciência e vontade de mudança. Acreditar que posso ser melhor,
apesar dos meus limites, fragilidade, apesar de mim mesmo. Mais do que isso: refletir que milhões de semelhantes não terão o que comer, o que vestir, o que celebrar, pois sua dignidade foi "roubada" por aqueles que somente pensam em si, quando deveriam se preocupar com o bem do povo.O que fazer? O que estiver ao alcance e ao alcance da boa vontade. Procurar ajudar alguma instituição séria pode ser um bom caminho. Bem longe de ser um papo de comunista, de um adepto à linha libertadora, é um papo puramente humano, o que deixamos de ser há muito tempo. Que Jesus nos inspire a encontrar o caminho de volta a nós mesmos, seres humanos, imagens vivas do amor divino. O melhor presente
continua sendo ser uma melhor pessoa, ser melhor humano, não para si mesmo, mas
para alguém, principalmente para todos do seu convívio, inclusive para aqueles
que não te querem bem! Boa reciclagem humana e espiritual, seu melhor, sua
potencialidade ainda está por vir! Feliz Natal!
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Como ser eficaz no menor esforço
Em
um mundo globalizado, as mudanças de paradigmas têm sido cada vez mais
constantes e rápidas. O que hoje pode ser considerado como supra-sumo moderno,
amanhã se tornará obsoleto, arcaico. Aliado a essas realidades, o meio em que
vivemos exige ainda mais produtividade e qualidade. E não tem conversa. É
implacável. Ou o indivíduo se adapta a essa cultura ou acabará por ser
descartado. Não está no mérito dessa abordagem discutir se é boa ou má essa
cultura, mas um aprofundamento de suas causas e efeitos. Os termos que
pressupõe a produtividade são precisão, pragmatismo. Procurar fazer certo da
primeira vez, realizar um diagnóstico exato do problema bem como ter o caminho
mais curto e assertivo para a resolução do problema. Buscar a racionalização
das variáveis desse processo, o tempo e os meios de produção, para produzir
sempre mais e com qualidade. Exemplificando: se a ti fosse dada a oportunidade
de ganhar um milhão de reais atirando certeiramente em um alvo ? Com certeza se
empenharia em cumprir tal tarefa, com precisão, mira, pontaria, eficácia. Assim
poderia ser na vida. Temos todas as condições de fazer melhor, mas nem sempre
optamos por isso. As razões são as mais variadas possíveis: preguiça, o famoso
jeitinho brasileiro de burlar esforços necessários, sabotagens. É por isso que
em alguns lugares há o fomento da meritocracia, ou seja, a premiação mediante
às entregas previamente combinadas. O ser humano parece atuar mais quando há a
certeza de uma polpuda recompensa em tarefas que necessitem maior precisão. Parece
que essa idéia da meritocracia ganhou força para combater a crença da tentativa
e erro. Está claro que nem sempre é possível acertar de primeira. Mais claro
ainda que é possível fazer mais e melhor, alcançando melhores resultados. Podemos
dimensionar o jeitinho brasileiro ao nosso favor, não no sentido de se esquivar
do que é preciso fazer, mas de buscar a perspicácia de caminhos que nos conduzam ao resultado
esperado no menor esforço. Sempre há um jeito de fazer melhor aquilo que está
feito. Sempre há um modo de buscar a excelência de um serviço minimizando tempo
e os meios de produção em questão. Como se não bastasse tudo isso, faz a
diferença quem gosta do que faz. Quem encontra prazer em seu ofício. Quem encontra
em sua tarefa o elemento lúdico que tira o peso do trabalho. Não se tornará
calculista, se seu horário de trabalho terminar. Não medirá intensidade para
resolver o problema que foi confiado pelos seus superiores. Quem encontra o
equilíbrio entre prazer e responsabilidade, é feliz. Aristóteles já dizia: “O
prazer no trabalho aperfeiçoa a obra!” O poeta estava tão certo disso ao
afirmar: “No mínimo que fazes, põe tudo o que és!”
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