quinta-feira, 29 de maio de 2014

Como ser eficaz no menor esforço



Em um mundo globalizado, as mudanças de paradigmas têm sido cada vez mais constantes e rápidas. O que hoje pode ser considerado como supra-sumo moderno, amanhã se tornará obsoleto, arcaico. Aliado a essas realidades, o meio em que vivemos exige ainda mais produtividade e qualidade. E não tem conversa. É implacável. Ou o indivíduo se adapta a essa cultura ou acabará por ser descartado. Não está no mérito dessa abordagem discutir se é boa ou má essa cultura, mas um aprofundamento de suas causas e efeitos. Os termos que pressupõe a produtividade são precisão, pragmatismo. Procurar fazer certo da primeira vez, realizar um diagnóstico exato do problema bem como ter o caminho mais curto e assertivo para a resolução do problema. Buscar a racionalização das variáveis desse processo, o tempo e os meios de produção, para produzir sempre mais e com qualidade. Exemplificando: se a ti fosse dada a oportunidade de ganhar um milhão de reais atirando certeiramente em um alvo ? Com certeza se empenharia em cumprir tal tarefa, com precisão, mira, pontaria, eficácia. Assim poderia ser na vida. Temos todas as condições de fazer melhor, mas nem sempre optamos por isso. As razões são as mais variadas possíveis: preguiça, o famoso jeitinho brasileiro de burlar esforços necessários, sabotagens. É por isso que em alguns lugares há o fomento da meritocracia, ou seja, a premiação mediante às entregas previamente combinadas. O ser humano parece atuar mais quando há a certeza de uma polpuda recompensa em tarefas que necessitem maior precisão. Parece que essa idéia da meritocracia ganhou força para combater a crença da tentativa e erro. Está claro que nem sempre é possível acertar de primeira. Mais claro ainda que é possível fazer mais e melhor, alcançando melhores resultados. Podemos dimensionar o jeitinho brasileiro ao nosso favor, não no sentido de se esquivar do que é preciso fazer, mas de buscar a perspicácia de  caminhos que nos conduzam ao resultado esperado no menor esforço. Sempre há um jeito de fazer melhor aquilo que está feito. Sempre há um modo de buscar a excelência de um serviço minimizando tempo e os meios de produção em questão. Como se não bastasse tudo isso, faz a diferença quem gosta do que faz. Quem encontra prazer em seu ofício. Quem encontra em sua tarefa o elemento lúdico que tira o peso do trabalho. Não se tornará calculista, se seu horário de trabalho terminar. Não medirá intensidade para resolver o problema que foi confiado pelos seus superiores. Quem encontra o equilíbrio entre prazer e responsabilidade, é feliz. Aristóteles já dizia: “O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra!” O poeta estava tão certo disso ao afirmar: “No mínimo que fazes, põe tudo o que és!”


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