O processo de cognição da verdade pode ser entendido
a partir de duas operações intelectuais: a simples
apreensão e a composição e divisão. Na primeira, a
coisa se manifesta ao intelecto e este, por sua vez,
apreende sua quididade. Contudo, esta operação não é
suficiente para o bom desfecho do processo da
verdade, uma vez que o intelecto humano nada produz
de próprio. É na segunda operação que o intelecto
produz algo próprio: o julgamento, a capacidade de se
pronunciar ao separar sujeitos de predicados. Esta
atividade intelectual fundamenta-se na reflexão, a
capacidade de o intelecto humano voltar a si mesmo.
No mesmo processo cognitivo da verdade, Tomás de
Aquino analisa como o conceito de medida pode ser
relacionado. No domínio divino, Tomás afirma que o
intelecto divino é a primeira medida e primeira verdade,
e isto implica a produção das coisas e do intelecto
humano, componentes imprescindíveis da adequação.
No domínio humano, ele aplica uma importante
distinção aristotélica: intelecto especulativo e intelecto
prático. Enquanto o primeiro recebe as coisas, ou seja,
é movido e mensurado por elas, o segundo causa as
coisas e, por isso, é mensurador.
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