Muitos buscam em uma profissão somente o dinheiro. Fazem graduações, pós-graduações, especializações, MBA e etc … Sustentam inúmeros títulos e orgulham-se por eles. Mas o orgulho não acompanha uma realização humana e pessoal, mas no caso, é sucedida por um grande vazio. Não raro possuem grande fonte de renda e pouquíssima realização humana. Muitos procuram em suas carreiras somente o sucesso, o status. São pessoas que colocaram sua vida em seus contatos, conchavos para obterem êxito em suas escolhas. Não medem esforços para estarem nos patamares mais elevados, gostam de serem notados, mesmo que seja preciso prejudicar seu companheiro de trabalho. Mas o tempo e as circunstâncias lhes revelam que o sucesso por si não é sustentável, se não houver uma realização humana que o acompanhe. Muitos procuram somente a realização humana, e pensam que serão realizados sem nenhum sacrifício, abnegações e renúncias. Vivem desconexos da realidade, não assumem responsabilidades, e quando se deparam com grandes desafios, fogem dessas situações. Os casos elencados aqui são exemplos de excessos. Fomos educados a procurar uma profissão por aquilo que ela aparenta, sucesso, dinheiro, uma vida cômoda e tranqüila, mas não por um sucesso ancorado em uma realização humana, fruto de uma madura reflexão de escolher estar no lugar certo, na hora certa e ser a pessoa certa. Penso que por trás desse processo que vivemos, há uma profunda distorção do conceito de trabalho. A instrumentalização maciça em todas as instâncias que envolvem o trabalho acarretou a dissociação entre realização humana, sucesso e dinheiro. Ora, e o que é trabalho ? É basicamente um serviço. Serviço que lembra o verbo servir. Servir que nos remete a uma relação dialógica entre aquele quem serve e aquele que é servido. Uma relação de quem algo a oferecer para quem precisa desse algo. Por aqui já dá para ter uma idéia de como as organizações se estruturaram a partir da necessidade, da carência. Por trás da massificação dos meios de produção ( que trouxeram inúmeros benefícios a humanidade, inegavelmente !), há o desejo antiqüíssimo de dominação, de poder, de manutenção de uma dependência. É por aqui que o trabalho-serviço se transforma em trabalho-dominação. Quem serve, se considerou maior e melhor do que aquele que é servido. Começou a pensar as estruturas a partir de seu desejo de dominação, aumentando os meios de produção e diminuindo os recursos humanos, visando a máxima otimização dos processos, bem como o lucro. A mão-de-obra, foi, é, e está passiva, pois sobre ela pesa o medo de perder o seu posto de trabalho. De certa forma, corrobora a consolidação desse ciclo vicioso. Essa é a história, a grosso modo, na qual desvinculou realização humana, sucesso e dinheiro. Não é minha pretensão dar nenhuma formula mágica, mirabolante, sinceramente, não tenho. Mas o que posso fazer é gerar reflexões, provocações, pensamentos que possam ocasionar transformações a partir de você. O agente de mudança é cada um de nós, e essa história pode continuar ou terminar dependendo de você. Comece a pensar o que realmente te motiva a levantar da cama, nas madrugadas / manhãs de segunda-feira. Não é por acaso que as segundas-feiras são tão demonizadas por nos … !
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