sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Esses inexperientes: pai e filho

Pai, tantas lembranças eu tenho de ti, se eu começar a contar, não haverá mais espaço nas folhas de todos os livros que possa haver no mundo. Me lembro das suas brincadeiras, das suas histórias, do sei jeito de me fazer feliz. Me lembro daquele dia, caminhando na rua da praia, eu dizia que queria desistir de tudo, desistir da vida, e você me disse, não, não desista, eu estou com você, vamos juntos procurar uma saída. Me lembro de todas as vezes que me orientava, e como um erudito da vida, me dava aulas sobre a arte de viver, coisas que não aprendi nos livros acadêmicos, mas de você. Me lembro que todas as noites me levava para dormir e rezava junto comigo a oração do Anjo da guarda e um pai nosso. Diante de ti, não sou nada mais do que um menino que hoje quer deitar em seu colo e sentir-se amado. Diante de ti, não sei esconder nada. Somos eternos inexperientes na lida de ser pai e ser filho. Cada momento é um novo aprendizado, uma escola com portas abertas para aprender. Quero viver ainda muito tempo ao teu lado, bebendo da tua sabedoria, tua história de vida, como nos velhos tempos. Renovo o meu amor que tantas vezes eu te jurei. Te amo, te amarei, sei que nessa vida, não terei melhor amigo que você. Deus o abençoe e o conserve. Do seu menino, Ricardo.

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