terça-feira, 3 de novembro de 2009
O tempo e o TCC
A sigla TCC causa pânico para qualquer estudante. O temido TCC é um indesejado, inimigo número 1 dos acadêmicos que estão se formando todos os anos. A maioria dos estudantes, como bons brasileiros que são, costumam deixar as suas pesquisas, leituras e escritos para a última hora. Resultado disso são as noites em claro fazendo leituras, fichamento e escrevendo seu trabalho de conclusão de curso. Finais de semanas eles estão em frente aos livros, nas lan-houses, em seus computadores, pilhados para eliminar o TCC. Se talvez escrevessem uma hora por dia, durante um ano, seu trabalho teria muito mais qualidade do que fazer tudo na pressa e "nas coxas". Muitos chegam ao último ano sem ter a noção do autor que gostariam de pesquisar e a temática a ser abordada. Culpa dos professores ou dos estudantes? Diria dos dois. Dos professores, que nem sempre incentivam a pesquisa, além daquilo que se restringe a grande curricular do curso. Dos alunos, que por vezes são acomodados, que dançam conforme a lei de Gerson, limando maiores esforços e seus desdobramentos. Uma pesquisa que poderia ser prazerosa passa a ser uma tortura. Deixa-se de viver com qualidade, de ter momentos de lazer e diversão por pura falta de planejar e administrar o tempo. Vários filósofos e doutores da Igreja, como Agostinho e Tomás de Aquino já escreveram sobre o tempo. Não se pode perder tempo, não por que "Time is money!", mas porque "Time is sacred!" O tempo é sagrado e único e não volta nunca mais. Talvez você não tenha mais aquela oportunidade de conversar com aquela pessoa ou de fazer as coisas que deveria fazer no tempo do hoje. A sabedoria do livro do Eclesiastes nos ensina: "Existe tempo para cada coisa". Agostinho especula: "Que é, pois, o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; se quero explicá-lo a quem me pede, não sei." Eis a questão de Agostinho: como falar do tempo, com conceitos e palavras, que nas quais nem sempre me dão uma resposta satisfatória? Como traduzir uma coisa tão grande em conceitos que não abarcam o significado todo? Posso medi-lo, posso demarcá-lo, mas não posso conhecê-lo em si. Quando tento explicar o presente, este já é passado. Quando tento explicar o futuro, este já é presente que se tornará passado. Quando tudo se torna passado, só resta a memória do que aconteceu. Se não posso abarcar todo o seu significado, posso planejar o tempo. Sempre haverá imprevistos, mas um meio eficaz de dominar o tempo é planejá-lo, já que temos esse recurso de demarcá-lo em segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, décadas e séculos. Não perca tempo, não se perca no tempo... assim o tempo não te perderá...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário