sexta-feira, 4 de junho de 2010

Um na África no Sul, outro em Brasília

Um país, muitos corações, uma esperança no mesmo grito de gol. O Brasil para a Copa, seja na copa, na sala, no quarto, não importa. É tempo de catarse, de esquecer a dura rotina da realidade, esquecer as diferenças para que possamos ser iguais em pelo menos uma coisa: como povo brasileiro. As ruas pintadas, as caras marcadas de verde e amarelo representam um povo, uma nação, que não foge a luta, que adora a própria morte porque enfrenta o embate do sobreviver, pois tem sede de viver. Uma pátria de chuteiras e quase 190 milhões de técnicos com infinitas combinações de escalações de seleções. Múltiplos corações que se transformam em um só coração, uma só alma e um só sentimento. O esporte, mais precisamente o futebol, tem esse condão de unir as mais diferentes cabeças, as mais diferentes raças, credos, ideologias. Desarma os homens das armas e das palavras. Torço pela seleção brasileira, mais torço mais pelo povo brasileiro. Que seja um momento de união, mas que não se esqueçam que logo haverá eleições. Todavia, enquanto torcemos, na calada da noite, sempre há um projeto aprovado que acaba favorecendo os imunes políticos em detrimento do povo. Todas as grandes revoluções sempre partiram do povo. Por isso é um olho na África do Sul e um olho em Brasília.

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