O
trecho trata sobre o menino Jesus em Jerusalém. Relata-se a ida do menino Jesus
e de seus pais, que tinha 12 anos à Jerusalém por ocasião da Páscoa dos judeus.
Encerrada a festa, Jesus desapareceu dos olhares de seus pais. Maria e José
pensaram que ele poderia estar na comitiva. Refizeram o percurso, o dia inteiro
e nada! O buscaram entre parentes e conhecidos e nada! Retornaram à Jerusalém
para continuar as buscas pelo menino Jesus. Depois de 3 dias, o encontraram no
templo, sentado entre os doutores da lei, ouvindo-os atentamente e também
indagando-os. E todos estavam maravilhados por seus ensinamentos e sabedoria. Quais
pais e mães não passaram pela experiência do sumiço do seu filho, ainda que
fosse por alguns instantes? Se tal ocasião já é motivo para ficar com o “coração
na mão” na atualidade, como se diz na linguagem corrente, imagine naquela
época, naquele tempo! Toda a apreensão, tensão e medo se dissolvem no encontro
com o menino Jesus no templo. Ao verem
Jesus, seus pais ficaram emocionados, como ficariam emocionados todos os pais e
mães ao terem encontrado o filho que se perdeu, ainda que fosse por instantes!
Nos bastidores, quais pais não dariam uma lição de moral, uma “sova”, diante de
tudo o que ocorreu? Por zelo, por cuidado. Imaginem, os pais de Jesus se
dirigindo ao menino: “Moleque, onde é que você estava? Nós vasculhamos todo o
percurso que fizermos e não te encontramos! Porque você fez isso conosco? Vai
levar um tabefe e ficar de castigo!” Jesus, ao ver seus pais, questionou: “Vocês
estavam me procurando? Não sabiam que eu estou cuidando das coisas do meu Pai?”
A postura soa muito ousada para a época. Poderia soar como uma desobediência.
Tal postura não deixa de ser cômica também. O filho pergunta aos pais se o
estavam procurando, quando Jesus tinha sumido ... Na sequência, revela que está
cuidando das coisas de Deus, o que revela sua consciência e missão. Os pais
nada entenderam das palavras de Jesus. Seus pais o levaram para Nazaré e o
relato bíblico revela que Jesus era obediente aos seus pais. Maria guardava com
carinho tudo o que se passava na vida de Jesus. Qual mãe que não se recorda do
nascimento de seu filho? Qual mãe não se recorda das primeiras palavras de seu
filho? Qual mãe não se emociona ao relembrar as primeiras tentativas do andar
de seu filho? E quando ele conseguiu se equilibrar? Assim como o coração de
toda mãe é uma biblioteca de tudo o que aconteceu com seus filhos, não era
diferente com Maria. Do ventre à cruz. Da lágrima do nascimento de Jesus,
passando pela lágrima da morte do seu filho e chegando à lágrima da
Ressurreição. A mãe conhece o filho como ninguém! Jesus crescia
quantitativamente e qualitativamente, em estatura e sabedoria, em graça diante
de Deus e dos homens!
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