Habemus Presidente, ops... Habemos Presidenta: Dilma Roussef. Que Deus a abençoe nesta árdua tarefa de gerenciar as terras tupiniquins, bem como responder à altura novas problemáticas que surgem com o andar político e as necessidades da população. Que não legitime de uma vez a lei do aborto, preserve a democracia em todos os âmbitos e limites, para além de todos os limites. Que governe para todos, sobretudo para os mais marginalizados. Que a situação possa seguir na linha daquilo que já deu certo e repensar aquilo que está errado. Que a oposição construa um debate frutuoso para o bem da nação brasileira, no hoje e no amanhã. O contraditório político é necessário para a paz social. Mas não é de hoje que o povo já queria uma mulher representando-o. Não se lembram em 2002, na primeira eleição que Luis Inácio Lula da Silva ganhou, bem no começo, quem estava na frente nas pesquisas? Roseana Sarney. É que o sobrenome pesa, e tanto pesou, que na época, a polícia federal descobriu em seu escritório, malas de dinheiro bem suspeitas, e ela acabou por ser afastada de ser candidata à presidência da República. Sem dúvida nenhuma que a eleição de uma mulher é um fato histórico, único, como foi a eleição de um operário. O povo quer alguém que o represente de verdade. Mas essa campanha política de ambos os partidos, PT e PSDB foi marcada pela ausência de propostas reais e sustentáveis para todos os campos. Não podemos mais admitir isso. Me contento quando vejo que 20 milhões de brasileiros, que votaram em Marina, estão descontentes com a lógica perversa de se conservar no poder, tanto PT, quanto PSDB. No segundo turno, o índice de brancos foi 2,30%, o que corresponde à 2.452.594 de votos. O índice de nulos foi 4,40%, o que corresponde à 4.689.397. Mesmo que esses votos se dirigissem à José Serra, ele ainda não ganharia, Dilma teria uma diferença de um pouco mais do que 6%. Agora, me impressionou o índice de abstenções: 21,50%, o que equivale 29.196.864 de votos. Aqui sim, seria decisiva qualquer reação. Esbarra, de certa forma, na concepção de que a política brasileira já não tem mais jeito. Ainda falta conscientização, esclarecimento e maturidade. Tanto do povo, quanto dos políticos. Democracia é alternância do poder e não conservação. Haja vista, o que foi o terror da ditadura. Aplaudam seus acertos, apontem seus erros e mostrem soluções adequadas, fiscalizem, pois o voto não se encerra nas urnas. A cidadania começa nas urnas e não repousa enquanto o bem não atingir a todos. De olho na política, povo brasileiro, de olho nela ‘dilmavez’, para que a gente não possa sucumbir ‘dilmavez’.
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