quinta-feira, 21 de maio de 2020

Análise do texto Jo 14, 1-6



A nossa reflexão será o trecho do Evangelho de João, capítulo 14, 1-6. No primeiro versículo, Jesus faz um pedido aos seus discípulos, que ficassem tranquilos, que não se desesperassem, pensando demais. Que creiam em Deus e em Jesus. Muitas vezes, as situações chegam ao limite que os homens não conseguem transpor. A fé exige uma entrega, uma confiança filial de quem tem intimidade com Deus. Muitas vezes, caminhamos nessa vida desconhecendo nossa origem e meta última. O tempo que nos é concedido é uma dádiva e oportunidade para entrarmos em contato com essas realidades fundamentais da nossa vida. Jesus diz que na casa do Pai, há diversas moradas, que Ele iria para lá preparar um lugar para cada um de nós. E que depois de ter ido preparar um lugar para cada um de nós, eis que Ele voltará e nos levará para onde Ele estiver. Eis que Jesus Cristo, assumiu nossa condição humana, para nos orientar para Deus. Ele é o próprio reino despojado da realeza humana. Um rei sem adornos de ouro, rubi, esmeraldas, diamantes, prata. Passou pela vida reintegrando a quem estava descartado da sociedade e da religião da época. Ninguém está acima da lei, mas a vida está acima da lei. Passou pela experiência da dor, do abandono, da solidão e da morte. Transformou essas experiências de morte em experiências irrigadoras de vida plena. Subiu aos céus para apresentar ao Pai nossa humanidade sofrida, para um dia, contemplarmos Àquele que nos amou com amor gratuito e desmedido. Subiu à Deus para que Deus derramasse seu Espírito Santo para que fosse o nosso guia nas estradas da vida, para que nos lembrássemos das palavras de Jesus. Até o dia que finalmente voltará. E Ele continua voltando no tempo, pela palavra de Deus, pelas vidas e palavras inspiradas dos irmãos, pelo pão e vinho, corpo e sangue de Nosso Senhor, memória perpétua de sua permanente estadia entre os homens. Jesus disse aos discípulos que eles saberiam de sua procedência. Todavia, Tomé questiona: Nem sabemos para onde vais, como podemos saber qual é o caminho?”  Daí a resposta lapidar de Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. Manifesta a sua missão e identidade transcendentes, divinas, explicitadas em três elementos. O caminho, na qual Jesus é a travessia que liga duas pontas, da nossa humanidade imperfeita e contraditória à Deus, suma perfeição e coerência. A verdade, Cristo é a verdade do Pai que não pode ser negociada e nem instrumentalizada, que nos ensina que a verdade precisa permear nossa conduta de vida, nosso estilo de ser, viver sem hipocrisia, sem máscaras. A vida, a vida de Jesus, em seus atos e sinais são um convite a deixarmos as falsas seguranças, zonas de conforto para sermos semeadores da vida. Fazer o que estiver ao alcance para atualizar Jesus em nosso tempo e na nossa história. Jesus é nossa travessia para Deus. E em muitas situações, seremos para quem nos encontrar ou precisar de nós, uma travessia para Jesus. Madre Tereza de Calcutá, certa vez disse: “Talvez, você seja o único evangelho que seu irmão lê.” Então, trate de viver bem, de bem aventurar a vida sendo feliz!

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