A nossa reflexão será o
trecho do Evangelho de João, capítulo 14, 1-6. No primeiro versículo, Jesus faz
um pedido aos seus discípulos, que ficassem tranquilos, que não se
desesperassem, pensando demais. Que creiam em Deus e em Jesus. Muitas vezes, as
situações chegam ao limite que os homens não conseguem transpor. A fé exige uma
entrega, uma confiança filial de quem tem intimidade com Deus. Muitas vezes,
caminhamos nessa vida desconhecendo nossa origem e meta última. O tempo que nos
é concedido é uma dádiva e oportunidade para entrarmos em contato com essas
realidades fundamentais da nossa vida. Jesus diz que na casa do Pai, há
diversas moradas, que Ele iria para lá preparar um lugar para cada um de nós. E
que depois de ter ido preparar um lugar para cada um de nós, eis que Ele
voltará e nos levará para onde Ele estiver. Eis que Jesus Cristo, assumiu nossa
condição humana, para nos orientar para Deus. Ele é o próprio reino despojado
da realeza humana. Um rei sem adornos de ouro, rubi, esmeraldas, diamantes,
prata. Passou pela vida reintegrando a quem estava descartado da sociedade e da
religião da época. Ninguém está acima da lei, mas a vida está acima da lei.
Passou pela experiência da dor, do abandono, da solidão e da morte. Transformou
essas experiências de morte em experiências irrigadoras de vida plena. Subiu
aos céus para apresentar ao Pai nossa humanidade sofrida, para um dia, contemplarmos
Àquele que nos amou com amor gratuito e desmedido. Subiu à Deus para que Deus
derramasse seu Espírito Santo para que fosse o nosso guia nas estradas da vida,
para que nos lembrássemos das palavras de Jesus. Até o dia que finalmente
voltará. E Ele continua voltando no tempo, pela palavra de Deus, pelas vidas e
palavras inspiradas dos irmãos, pelo pão e vinho, corpo e sangue de Nosso
Senhor, memória perpétua de sua permanente estadia entre os homens. Jesus disse
aos discípulos que eles saberiam de sua procedência. Todavia, Tomé questiona:
Nem sabemos para onde vais, como podemos saber qual é o caminho?” Daí a resposta lapidar de Jesus: “Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. Manifesta a sua
missão e identidade transcendentes, divinas, explicitadas em três elementos. O
caminho, na qual Jesus é a travessia que liga duas pontas, da nossa humanidade
imperfeita e contraditória à Deus, suma perfeição e coerência. A verdade, Cristo
é a verdade do Pai que não pode ser negociada e nem instrumentalizada, que nos
ensina que a verdade precisa permear nossa conduta de vida, nosso estilo de ser,
viver sem hipocrisia, sem máscaras. A vida, a vida de Jesus, em seus atos e
sinais são um convite a deixarmos as falsas seguranças, zonas de conforto para
sermos semeadores da vida. Fazer o que estiver ao alcance para atualizar Jesus
em nosso tempo e na nossa história. Jesus é nossa travessia para Deus. E em
muitas situações, seremos para quem nos encontrar ou precisar de nós, uma
travessia para Jesus. Madre Tereza de Calcutá, certa vez disse: “Talvez, você
seja o único evangelho que seu irmão lê.” Então, trate de viver bem, de bem
aventurar a vida sendo feliz!
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