O texto mostra o
primeiro retrato da comunidade cristã primitiva. A assiduidade era a marca
registrada daquela comunidade. Mais do que se antecipar aos compromissos, eram
disponíveis. Disponíveis em aprender com os apóstolos. Tinham sede de saber mais.
Não queriam ficar na teoria daquilo que foi absorvido no ensinamento, então,
viviam na comunhão fraterna, entendida na comum união de tudo o que tinham e de
tudo o que eram. Não se tratava de mero assistencialismo ou a um vago sentimento
de solidariedade. A vida era partilhada, nunca subtraída, mas acrescida naquela
comunidade. A comunhão fraterna era encarnada através do espírito de união dos
corações e a gratuidade. O pão era repartido aos que tinham a fome do corpo.
Jesus era o pão vivo que saciava a fome da alma. A alegria da partilha se fazia
notar e era executada da forma mais simples possível, sem nenhuma ostentação.Se
abasteciam comunitariamente no Templo e partiam em missão pelas casas. Se
devotavam à oração comunitária, como um momento especial de profunda intimidade
com Deus. Todas essas iniciativas sedimentavam a fé, a reverência para com
Deus. Os frutos cada vez mais eram abundantes, nos sinais e prodígios
realizados através dos apóstolos. Era característica comum daqueles que aderiam
à fé colocar tudo em comum. As posses eram vendidas e os valores divididos para
as reais necessidades da comunidade. Cresciam não apenas quantitativamente, mas qualitativamente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário