terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ganhando (ou perdendo?) a vida em São Paulo

Acordo, mas não entro em acordo com o sono. Vou tomar banho. Mais para despertar o sonâmbulo que cochila nas águas aquecidas do chuveiro. Mesmo acordando cedo, não dá tempo para tomar o café in my house. Tenho que ir trabalhar. O tempo todo eu contra o tempo. Eu contra o sono. Agora é eu contra o ônibus, o metrô, as pessoas… as pessoas ? A correria da semana, a luta pela sobrevivência tem falado mais alto do que a educação, a gentileza, o respeito. Quem já não pegou o metrô, seja linha Norte-Sul, Leste-Oeste, o trem Julio Prestes – Itapevi , Osasco-Grajaú , na qual estar em um caminhão de bois seria mais confortáv el do que estar por ali ? Quem não pegou o ônibus para ir trabalhar e ser fechado a vácuo pela porta da frente? Quem não pegou aquele trânsito infernal na capital paulistana ? Nos ônibus, metrôs e trens, há jovens que não respeitam os anciãos. Há gente se acotovelando por 30 centímetros de conforto. Há os aproveitadores de mulheres. Há os furtadores. Mas também há jovens que respeitam o direito dos anciões, da gestante, da pessoa especial.Também há aqueles que mesmo com menos de 20 centímetros de espaço, esperam os outros desembarcarem para conseguirem um justo conforto. Há quem tente ganhar a vida vendendo doces, salgados. Caráter não é uma questão da (des) ordem do sistema social. É a bifurcação da formação familiar com a conduta individual de cada qual. Mas parece que na massa humana, o humano galga índices de irracionalidade impressionantes. A irracionalidade humana que assume feições de intolerância, violência e falta de humanidade. N ão tem sido tarefa fácil ganhar o pão na capítal paulistana. Até porque tem sido bem mais difícil ser gente na grande cidade. Depois de um longo turno de traballho, com pressões, metas e mais o chefe, enfrentar mais uma longa viagem … para casa, cair na cama e descansar ? Quem dera! Uma longa viagem para a faculdade, estudar para melhorar a vida. Já é 0:01 e ainda não cheguei em casa. Adivinha onde estou ? Em algum metro ou ônibus da grande cidade. Nunca morei no interior, mas que dá saudade, ah, isso dá !

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