terça-feira, 15 de novembro de 2011

Poema ao pé da tarde

Não sei porque insisto em escrever

Deve ser porque a vida queira viver

Segurei por tanto tempo a palavra

E a vida eu não posso segurar, minh’alma

A vida abarca o som e o silêncio

Como a eternidade, a pausa e o tempo.

Preciso de uma gota desse mel

Mergulhado no deserto desse fel

Posso até forçar o que escrevo

Mas não disfarço o meu medo

Acordo já esperando pela tarde

É a noite que anseio, na verdade.

Deus eternize quem inventou a poesia

E me traga os versos que distribuem a vida

Não me faça desistir quando me der por vencido

Mas me transforme em um soldado destemido

Sou um cruzado que não vale nem meio real

Sua amizade e seu amor irão me justificar no final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário