Não sei porque insisto em escrever
Deve ser porque a vida queira viver
Segurei por tanto tempo a palavra
E a vida eu não posso segurar, minh’alma
A vida abarca o som e o silêncio
Como a eternidade, a pausa e o tempo.
Preciso de uma gota desse mel
Mergulhado no deserto desse fel
Posso até forçar o que escrevo
Mas não disfarço o meu medo
Acordo já esperando pela tarde
É a noite que anseio, na verdade.
Deus eternize quem inventou a poesia
E me traga os versos que distribuem a vida
Não me faça desistir quando me der por vencido
Mas me transforme em um soldado destemido
Sou um cruzado que não vale nem meio real
Sua amizade e seu amor irão me justificar no final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário