terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Paulo e a vaidade da santidade

Saulo. Judeu culto e zeloso pelas coisas da religião. Aquele que era o mais pérfido perseguidor dos cristãos. Literalmente caiu do cavalo. Estava cego desarmado diante daquele que mais perseguiu nos inúmeros cristãos mortos. Saulo, Saulo porque me persegues naqueles que me anunciam ao mundo? Daquele que perseguiu incansavelmente os cristãos, se transformou em um incansável pregador e evangelizador. Paulo. Apóstolo de Cristo e dos gentios, profeta além-fronteiras geográficas e humanas. Uma das partes da Bíblia que mais me fascina é II Coríntio 12,9 : “Basta-te a minha graça pois é na fraqueza que se manifesta totalmente a minha força” No contexto de II Coríntio 12, Paulo refere-se às visões e as profecias. Ele admira um homem que teve uma experiência mística. Mas tem pouca estima ser apreciado por fazer o que fazia. Há um perigo muito grande – a vaidade de ser bom – de se achar melhor do que os outros – de se julgar superior aos demais pelos dons ou talentos que se possuem. Mas como a força pode ser manifestada na fraqueza humana? Paulo nos indica uma pista no versículo 9: “... prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo.” É preciso mais confiar na força e no auxílio divino do que confiar nos projetos humanos. Por mais que o humano faça, sempre haverá um déficit, uma carência. Mais do que reconhecer essa carência, é preciso confiar em Deus, quando o entendimento me é limitado. Quando sou menos eu, sou mais tu, sou mais de Deus e sou mais eu.

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